Quando o fumeiro se acende por dentro – nasce A Alma da Alheira
Quando o fumeiro se acende por dentro – nasce A Alma da Alheira
Há coisas que se aprendem com livros.
Outras, aprendem-se com o corpo.
Mas as que mais marcam — aprendem-se com o fumo.
Cresci entre brasas, cheiros, lumes, e mãos que não precisavam de receita para saber o ponto certo.
Cresci a ver alheiras penduradas como amuletos.
E a ouvir dizer que “quem sabe fazer alheiras… sabe receber o mundo.”
Não me lembro de quando aprendi a fazer.
Mas lembro-me de onde estava o cheiro.
E é isso que hoje me guia.
Este não é um artigo com receita.
Ainda não.
É só uma semente.
A primeira brasa que se acende dentro do Tacho Encantado —
uma nova linha, um novo ciclo, um novo projeto com nome próprio:
“A Alma da Alheira.”
Aqui, a alheira não será só alimento.
Será memória, voz ancestral, gesto com intenção.
Será abraço antigo com sabor a couves, chicharros e casa aberta.
Mesmo fora de época, o fumeiro está vivo.
Porque o que se honra… não tem estação.
Nas próximas semanas, vamos começar a acender este lume com vagar.
Quem vier por bem, senta-se.
Vai haver histórias, rituais, saberes antigos — e quando for tempo… receitas.
Mas por agora, é só isto:
O cheiro voltou.
E a alma está a caminho.
Se queres ser dos primeiros a sentir o cheiro do que aí vem…
Quando a primeira receita sair do fumeiro, quando o ebook for posto à mesa,
vais ser chamada — ou chamado — se deixares sinal.
Até lá… abre a janela.
Pode ser que o fumo já esteja a chegar.
Comentários
Enviar um comentário