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O Pão Que Herdámos: Histórias de Folares, Bolas e Memórias Que Não Se Esfarelam

 O Pão Que Herdámos: Histórias de Folares, Bolas e Memórias Que Não Se Esfarelam Há coisas que se aprendem com tempo, outras com as mãos. E depois há o pão. O pão, esse, aprende-se com a alma. Lembro-me do som da massa a ser sovada com força, da farinha no ar, do calor do forno a lenha e das mãos da minha mãe — ou da mãe dela — a virarem o tempo em alimento. As minhas memórias vagueiam muitas vezes pelo forno comunitário de aldeia. São Pedro de Vale do Conde de onde a minha mãe e a minha avó Aurélia eram naturais. Não havia receita escrita. Havia um saber que vinha do gesto, do olhar, da espera. Uma bola sovada era o resto da masseira, os arrebanhos, para que nada se desperdiçasse . Era sinal que se tinha feito uma fornada de pão. O folar de carne não era só carne e massa: era Páscoa, era partilha, era honra à casa. E os doces económicos… esses eram a doçura possível de tempos difíceis. Feitos de pouco, feitos com tudo. Havia pão de centeio que aguentava dias, tantas vezes me lembr...

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